>>> PRIMEIRO COMANDO THEATRAL<<<

O Grupo Primeiro Comando Theatral (PCTH) volta á mídia virtual... Agora São Oito Anos de PCTH. O tempo Passa!!! E nós, como vinho, estamos cada vez melhor, aguardem nóticias....

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O Conceito de Sankofa


O conceito de Sankofa (Sanko = voltar; fa = buscar, trazer) origina-se de um provérbio tradicional entre os povos de língua Akan da África Ocidental, em Gana, Togo e Costa do Marfim. Em Akan “se wo were fi na wosan kofa a yenki” que pode ser traduzido por não é tabu voltar atrás e buscar o que esqueceu”.


Vem ai muitas novidades!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Teatro...



O que significa teatro para todos? Acho que é a resposta que ninguém terá, pois para os nordestinos, teatro pode ser folia de reis, maracatu, e assim vai! 

Teatro não é uma regra fechada, onde um diz o que é e os outros dizem amém. Teatro é uma vontade de deixar de ser você para contar uma história, e dependendo de quem o faz pode se tornar algo mais contestado, mais dramático, ou mais cômico.
Desde que o teatro começou, não estou falando do teatro Grego, estou falando do real surgimento do teatro, as pessoas usavam para contar histórias, somente isso. Mesmo na época que os homens ainda não compreendiam a própria fala, nos tempos das “cavernas” o teatro era feito através das sombras e de bonecos para narrar as batalhas pela caça, eles acreditavam que fazendo isso os mais novos com seus “ensinamentos” encenados podiam usar no futuro.
No Japão o teatro Nô já existia e é uma das manifestações teatrais mais antigas, (nô significa a arte de exibir talento). Com sete séculos de história, o gênero conserva uma estética cênica rigorosa que busca o máximo de significação com o mínimo de expressão. Com um repertório de aproximadamente 250 peças, o universo Nô é habitado por deuses, guerreiros e mulheres enlouquecidas, às voltas com os mistérios do espírito. Todos os espetáculos são moralistas e usadas com mesmo intuito: mostrar como se pode fazer ou deixar de fazer algo.  
Na África as aldeias interpretaram histórias de seus “deuses” e são todos não atores, interpretam para saudar os seus ancestrais. Usam máscaras como a Mwana Pwo (Jovem Mulher), da cultura Cokwe que representa o ancestral feminino que regressa a terra com o poder de validar ou criticar as instituições da sociedade tradicional cokwe. Entre vários povos africanos, principalmente de origem bantu, as máscaras constituem objetos de evocação e realização de ações de antepassados entre os homens. 
        A máscara para este grupo etno – lingüístico não se reduz a um simples instrumento material, não significa uma mera operação de modificação ou disfarce. O termo mukixi com que se refere ao mascarado é simultaneamente usado para referir-se ao espírito do antepassado representado por cada máscara.
     Na cultura yorubá os mitos e lendas que cercam esse povo se traduzem nas simbologias de cada dança, cada passo, cada gesto significa algo que aquele Orixá realiza ou realizou, mostrando assim para os presentes como agradar cada “deus” para que sua vida seja prospera. Cada Orixá tem uma história, e a mesma é passada oralmente para as gerações futuras e essas histórias são contadas também através das danças e das cantigas, quem assisti um espetáculo de dança afro por exemplo, mesmo não conhecendo a personagem representada consegue identificar através dos passos e dos gestos o que a mesma representa, o que a personagem quer dizer.  
      Na Grécia, esse teatro que conhecemos hoje teve todo um percurso até chegar nesse formato. O coro era o grande e principal personagem, e durante um grande evento chamado de as “Dionisiacas (festivais anuais em honra ao deus Dionísio) compreendiam, entre seus eventos, a representação de tragédias e comédias. As primeiras formas dramáticas na Grécia surgiram neste contexto, inicialmente com as canções dionisíacas (ditirambos).

Conta a lenda que há centenas de anos antes de Cristo o Deus Dioniso, habitante do Monte Olimpo, no sul da península do Peloponeso (Grécia) desceu até a aldeia de Icária e ensinou a seus habitantes o cultivo da videira e o fabrico do vinho. Empolgados os aldeões viam as mudas crescerem até que uma noite um bode escapando de um cercado devorou as viçosas plantas. 
Inconformados e tementes aos castigos do deus os homens de Icaria empreenderam uma caça ao bode que foi sacrificado em um altar improvisado. Suas carnes foram servidas ao povo e suas víceras oferecidas em sacrifício. As videiras que na verdade apenas tinham sido podadas vicejaram de novo e produziram um rico fruto que foi transformado em deliciosa bebida. A partir de então, todo o ano na festa da colheita repetia-se o ritual da caça ao bode, de seu sacrifício e da oferta de prendas ao deus. As festas dionisiacas eram concorridas e recheadas de cânticos e bebida. E esse ritual se repetia antes de qualquer apresentação teatral nas arenas.
Em uma das Dionisiacas um imperador ordenou que os melhores atores apresentassem, mesmo se não desejassem, e Téspis foi um desses. Ele era considerado o melhor entre todos que fazia o coro, por isso, a sua presença era a mais desejava pelo imperador. Mas, Téspis, sabendo da sua importância para o Imperados fez uma imposição, só iria participar se ele saísse do coro e se tornasse o respondedor. O fato é que esse aldeão chamado Téspis por sua ousadia, criatividade e capacidade de representar é considerado o primeiro ator do mundo ocidental.
A história, porém, diz que Téspis foi o cidadão que começava os cânticos nas festas de Dioniso. Era o puxador do coro, também conhecido por Corifeu. De uma forma ou de outra ele foi o primeiro.
A introdução de segundos e terceiros atores nas tragédias vieram com Ésquilo e Sófocles. Surgiu também a peça satírica: o conservador Aristófanes cria um gênero sem paralelo no teatro moderno, pois a comédia aristofânica mesclava a paródia mitológica com a sátira política. Todos os papéis eram representados por homens, pois não era permitida a participação de mulheres.
Os escritores participavam, muitas vezes, tanto das atuações como dos ensaios e da idealização das coreografias. O espaço utilizado para as encenações, em Atenas, era apenas um grande círculo. Com o passar do tempo, grandes inovações foram sendo adicionadas ao teatro grego, como a profissionalização, a estrutura dos espaços cênicos (surgimento do palco elevado) etc. Os escritores dos textos dramáticos cuidavam de praticamente todos os estágios das produções.
Com o advento do Cristianismo, o teatro não encontrou apoio de patrocinadores, sendo considerado pagão. Desta forma, as representações teatrais foram totalmente extintas.
O renascimento do teatro se deu, paradoxalmente, através da própria igreja, na Era Medieval. O renascimento do teatro se deveu à representação da história da ressurreição de Cristo. A partir deste momento, o teatro era utilizado como veículo de propagação de conteúdos bíblicos, tendo sido representados por membros da igreja (padres e monges). O teatro medieval religioso entrou em franco declínio a partir de meados do século XVI.
Desde o século XV, trupes teatrais agregavam-se aos domínios de senhores nobres e reis, constituindo o chamado teatro elisabetano. Os atores - ainda com a participação exclusiva de atores homens - eram empregados pela nobreza e por membros da realeza. O próprio Shakespeare, assim como o ator original de Otelo e Hamlet, Richard Burbage, eram empregados pelo Lorde Chamberlain, e mais tarde foram empregados pelo próprio rei.
E assim vai o nosso teatro de cada dia... O teatro vai sendo teorizado, esquematizado, ganhando regras, perdendo imaginação, e as pessoas acreditando que assim se faz teatro. O teatro surge da vontade, não de regras cagadas. O fazer teatral é uma expressão livre, sem amarras e sem regras, pois cada um compreende teatro como quiser, e se não for assim, o que é teatro?
Punheta bem feita é mais prazeroso do que uma rapidinha sem graça. 

Wellingtom Braga e Pollyana Almië 

terça-feira, 3 de julho de 2012

Cuidando dos nossos gatos

Nos atentamos a uma simples coisa, o que devemos fazer? Uma pessoa entra em um blog, e faz comentários sem nexo algum, pensando que iria atingir, porém, mal sabe essa pessoa que se denominou de Henique, que aparentemente vivenciou a saída do Cássio e assistiu o experimento do Homídia, que ele seria infeliz na sua colocação.

Ainda estamos em processo do GODOT, teatro não é feito só em um grupo com uma quantidade absurda, com coros e mais coro, teatro também é feito singelamente e simples, sem complicações, já trabalhei com multidão para montar um espetáculo e com a nova formação, já disse isso para o grupo atual (reduzido): Trabalhar com poucas pessoas é melhor, as possibilidades de criação se tornam mais teatral, mais lúdica e faz com que os atores façam uma coisa que se perde hoje, trabalhe a imaginação. O grupo atual sem dúvida alguma é o melhor formato do grupo, onde conseguimos conversar e criar.

Os projetos do grupo vai muito além do espetáculo, apresentar, entreter... As Yabás - O nosso Samba de Roda pode-se dizer que é uma ramificação do PCTH, sem contar com as supresas que só serão revelas no final do ano, mas que será um alivio para algumas pessoas isso será.

Vamos compreender uma coisa, PAREM DE CAGAR REGRAS SOBRE TEATRO, teatro é o exato oposto disso.

E nada me interesa "Henrique" dos motivos de quem saiu, me interessa os motivos de quem fica, e sinceramente, sua opinião não me importa, saiba colocar suas palavras, e tente entender um pouco sobre teatro.

Isso talvez seja um afronto para as outras pessoas que já participaram do grupo, mas para quem ficou (eu) sabe que é verdade.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mudanças e mais Mudanças

Entra gente, sai gente, sai gente, sai gente

Entramos numa fase de mudanças mais uma vez
Gloria Kauana e Iramara Costa entram no grupo, Henrique Lima sai do grupo, Gloria Kauana e Iramara Costa sai do grupo.
Hoje somente eu (Pollyana Almië) e Wellingtom Braga resistimos e insistimos, Godot que nem tinha chegado  , já se foi e paramos de esperá-lo pelo menos por enquanto.

Hoje, somente eu e Wellingtom Braga, começamos a estudar Tristão e Isolda antigo projeto em comum, motivo da nossa aproximação amorosa rs e um sonho dos dois em montar este espetáculo.

O desanimo bate e as vezes é difícil continuar, mas o amor ao teatro é maior

E vamos que Vamos para mais mudanças.


E que venha Tristão e Isolda!!!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Análise de Godot - Pesquisas sobre o texto

Dia 25/02 começa os ensaios do Primeiro Comando Theatral, grupo do qual faço parte

Com texto Esperando Godot de Samuel Beckett (Teatro do Absurdo), claro que como característica do grupo, estamos fazendo uma montagem épica.

Fazendo algumas pesquisas para este ano em relação a esse texto maravilhoso, encontrei uma análise interessante, fazendo um paralelo do texto com a condição humana real.
O texto retrata um mundo pós guerra destruído e dividido pela Guerra Fria. Os valores e crenças haviam sido destruídos, a humanidade vivia um pesadelo em que não havia certeza alguma, nem esperanças. A sociedade vivia um estado de apatia, em que a "vida" perdera todo seu sentido. A impotência humana diante desse caos gerou uma crise espiritual.

Os dois personagens do texto vivem essa apatia, mas, esperam por algo ou alguém que os salvarão.

Na análise Isabela Feitosa Lima (FECLESC/UECE) diz: "Beckett não tinha a intenção de contar uma estória, nem ao menos que a platéia fosse para casa satisfeita. Mas pretendia revelar que a vida não era tão fácil e bela como muitas pessoas fingiam ser. Ele estava preocupado em fazê-las refletir/pensar sobre nossa condição como seres humanos e como resultado, operar mudanças na mesma.

É a estória de dois homens, mendigos, Vladimir e Estragon que esperam a chegada de um ser/coisa chamado Godot próximo a uma àrvore, numa estrada deserta. Eles afirmam nunca ter visto Godot e nem ao menos sabem quem é ele, porém parecem ter a esperança de que esse ser/coisa virá e salvará eles da realidade que vivem."

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

PCTH O RETORNO

É pessoal,
2012 chegou, já estamos em fevereiro, as férias foram boas mas, a moleza acabooooou.
Ainda bem, não aguentava mais descansar rsrs!

Então, voltaremos com nossos ensaios dia 25/02 após sambar muito no carnaval.

Continuamos a espera de Godot!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quem somos nós?

Por Wellingtom Braga


Nesta foto falta o Cid e o Seh



Somos um grupo seleto de atores/atrizes que concentra todas as suas energias para estabelecer a filosofia suprema?
Não! Fazemos teatro não filosofia, filosofia eu deixo para os filósofos.
A matemática é uma ciência exata, mas quando pensamos em teatro nada é tão exato: éramos 17, 15, 11, 08, 07,05, 04, 07, 03, 04, 05... Quantos somos?
O ensaio não é secreto, não é particular, é aberto a todos, e até gostamos de presença alheia, ajuda a fortalecer elos. Senti-me como os índios que foram “descobertos”no Brasil pelo Pedro Álvares Cabral.
Terra de ninguém?
A terra é dos que estão todos os domingos, perdendo almoços dominicais familiar criando, discutindo  fazendo, acordando cedo, viajando mais de uma hora para chegar ao ensaio, empenhados, de corpo mente e alma no grupo.
Quem vai nessa terra com essas condições? 
Bom, conheço poucos, mas vários querem falar que é dono dessas terras. Os índios não se consideram donos das terras onde eles moram, se consideram gerenciadores para com que aquelas terras não morram. 
Enquanto a vontade de fazer teatro for maior que algumas outras tantas coisas o Primeiro Comando Theatral existe. Não me importa os motivos, porém, quem é o grupo é o Thiago Pires (Cid), a Pollyana Almië, o Henrique Lima e voltando agora, o Sergio Martins e eu, Wellingtom Braga.
O saudosismo às vezes é bom, mas é passado, temos que viver o hoje a história é para ser lembrada, lida, estudada, mas não vivida, as coisas mudam, e ninguém consegue ter domínio sobre isso. O PCTH hoje é isso, amanhã deus dará...