>>> PRIMEIRO COMANDO THEATRAL<<<

O Grupo Primeiro Comando Theatral (PCTH) volta á mídia virtual... Agora São Oito Anos de PCTH. O tempo Passa!!! E nós, como vinho, estamos cada vez melhor, aguardem nóticias....

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

VIVEMOS A ESPERA


EM NOSSA JORNADA PELA ESTRADA CHAMADA "VIDA", TEMOS CERTEZA
DE QUE AO NESCERMOS, MORREREMOS UM DIA, MAS MESMO SABENDO QUE NOSSO FUTURO É INCERTO, ESTAMOS SEMPRE A ESPERA.

UNS ESPERAM O GRANDE AMOR DE SUAS VIDAS, OUTROS ESPERAM SUCESSO PROFISSIONAL E FINANCEIRO, OUTROS ESPERAM TANTAS OUTRAS COISAS, É ENGRAÇADO ESTA ESPERA, POIS SABEMOS QUE O AMANHÃ "A DEUS PERTENCE", NÃO TEMOS CERTEZA DO FUTURO, NÃO SABEMOS SE ESTAREMOS VIVOS.

ENTÃO, PORQUE ESPERAMOS?

TALVEZ ESPERAMOS QUE UM DIA POSSAMOS SER ETERNOS, IMORTAIS. POIS MESMO SABENDO QUE NOSSA VIDA TEM FIM, MUITAS VEZES PERDEMOS TEMPO DE BRAÇOS CRUZADOS, ESPERANDO MILAGRES CAIREM DO CÉU.

ESPERAMOS 9 MESES PARA NASCER, UNS SÃO MAIS APRESSADINHOS E NASCEM AOS 7 MESES, MAS NORMALMENTE ESPERAMOS OS 9 MESMO.
ESPERAMOS CONSEGUIR PRONUNCIAR A PRIMEIRA PALAVRA, DAR OS PRIMEIROS PASSINHOS, ESPERAMOS PARA APRENDER A FIRMAR O CAMINHAR, A CORRER
ESPERAMOS TIRAR BOAS NOTAS NA ESCOLA, ESPERAMOS QUE O (A) GAROTO (A) QUE NOS APAIXONAMOS NOS OLHE DE VERDADE E NOS PERCEBA, ESPERAMOS O NOSSO PRIMEIRO BEIJO, A NOSSA PRIMEIRA TRANSA.

VIVEMOS A ESPERA
SEMPRE A ESPERA!

ESPERAMOS SERMOS FELIZES

UNS ESPERAM MAS VÃO EM BUSCA, CORREM ATRÁS, VÃO A LUTA, COMO DIZ AQUELA MÚSICA, "VEM VAMOS EMBORA, QUE ESPERAR NÃO É SABER, QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTEÇER", OUTROS, SIMPLISMENTE CRUZAM OS BRAÇOS E ESPERAM QUE SEU GODOT APAREÇA DO NADA, ACHAM QUE SEUS INFORTÚNEOS SÃO COISAS DO DESTINO, QUE ESTAVA ESCRITO, E O QUE FAZER?

- "NÃO HÁ NADA A FAZER"
SÓ ESPERAR QUE UM DIA MELHORE

QUEM SABE TAL SITUAÇÃO MUDE, NÃO É?

MAS, NOSSA VIDA É CURTA, ESPERAMOS TAMBÉM A SENHORA MORTE
E UM DIA ELA CHEGA, PARA TODOS!

COMO DIZ RAUL, VAMOS FICAR COM A BOCA ESCANCARADA CHEIA DE DENTES ESPERANDO A MORTE CHEGAR?

VAMOS CONTINUAR A ESPERA DE GODOT, SEM AGIRMOS?

OU VAMOS EM BUSCA DO NOSSO GODOT?

ESPERAR FAZ PARTE DE NOSSAS VIDAS, MAS A MEDIDA QUE CRESCEMOS, APRENDEMOS A BUSCAR O QUE ESPERAMOS.

VAMOS A LUTA, EMBUSCA DO NOSSO GODOT!!!


Por Pollyana Almië

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Samuel Beckett - Biografia


Por Pollyana Almië

Samuel Beckett foi um dos fundadores do teatro do absurdo e é considerado um dos principais autores do século 20. Sua obra foi traduzida para mais de trinta idiomas.

Beckett nasceu numa família burguesa e protestante, e em 1927 graduou-se em literatura no Trinity College de Dublin, onde estudou também italiano e francês.

Em 1928, foi lecionar em Paris, onde conheceu James Joyce, de quem se tornou amigo. Durante o ano de 1930 Beckett lecionou na Irlanda. Nessa época escreveu o estudo crítico "Proust", comentando a obra do grande escritor francês.

No ano seguinte Samuel Beckett fixou residência em Paris e escreveu a sua primeira novela, "Dream of Fair to Middling Women", que seria publicada somente depois de sua morte.

Em 1933, voltou a Dublin, por motivos familiares, mas retornou a Paris em 1938. Nessa época, levou, de um estranho, uma facada no peito e ficou gravemente ferido.

No início da Segunda Guerra Mundial, Beckett vinculou-se à Resistência Francesa, juntamente com sua esposa, Suzanne Deschevaux-Dusmenoil. Em 1942 foi obrigado a fugir para Vichy, onde escreveu parte da novela "Watt".

A partir de 1945, o seu idioma literário passou a ser o francês. Entre 1951 e 1953 escreveu uma trilogia ("Molloy", "Malone Morre" e "L'Innommable"), cujo tema é a solidão do homem. Com "Esperando Godot", Beckett iniciou, ao mesmo tempo que Ionesco, o teatro do absurdo.

Posteriormente ainda escreveu, além de algumas obras narrativas, diversas peças teatrais, como "Fim de Festa", "Ato sem Palavras" e "Os Dias Felizes".

Em 1969, Beckett ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Durante a vida escreveu poemas e textos em prosa, como romances, novelas, contos e ensaios, além de textos para o teatro, o cinema, o rádio e a televisão.

Samuel Beckett morreu em 1989, cinco meses depois de sua esposa. Foi enterrado no cemitério de Montparnasse.


retirado do site:
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u804.jhtm

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

2011 ANO DE MUDANÇAS

POR POLLYANA ALMIË

APÓS VÁRIAS IDAS E VINDAS EM 2010, FINALMENTE CHEGA O FIM DO ANO,
FÉRIAS, DEPOIS DE TANTAS TURBULÊNCIAS NA NAVE HOMÍDIA MERECIAMOS UM DESCANSO MESMO.

ESSE DESCANSO FEZ-NOS REFLETIR SOBRE O DESGASTE QUE TIVEMOS NO ANO ANTERIOR, E ESSA REFLEXÃO TROUXE-NOS A VONTADE DE MUDAR.
MUDAR DE FOCO, MUDAR DE TEXTO, MUDAR O PROCESSO.

E AQUI ESTAMOS NÓS,
ESPERANDO !

ESPERANDO QUE ESTE ANO SEJA PRODUTIVO, QUE NÃO NOS SUFOQUE COM TANTAS IDÉIAS.
ESTAMOS ESPERANDO QUE REALMENTE CONSIGAMOS MONTAR O ESPETÁCULO, AI ESTOU ESPERANDO ANCIOSAMENTE PELAS APRESENTAÇÕES, CONFESSO! KKK
TANTO TEMPO SEM SENTIR AQUELE FRIOZINHO NA BARRIGA, ESTOU ESPERANDO!

E QUE ENGRAÇADO O TEXTO SUGERIDO PELO WELLINGTOM FOI FALANDO EXATAMENTE SOBRE ESSE TEMA.

ESPERAR

MAS ESPERAR O QUE MESMO????

SABEREMOS LOGO EM BREVE!

ESPERANDO O QUE MESMO?


POR WELLINGTOM BRAGA




A vida é absurda? Os dois vagabundos de Beckett não são absurdos, mas um nosso retrato, algo distorcido, imagem de um espelho em que não nos queremos ver.

O ateu Beckett fala em Deus. Não é tão ateu assim. Tem que provar que Deus é cruel. Não está em questão a existência de Deus, mas a sua justiça – como a entenderíamos se é de Deus? Se nós, homens, somos tão complexos? Deus não nos fez anjos, mas esta complexidade de matéria e espírito, loucura e ternura, razão e estupefação? Quereríamos ser anjos? Para o bem ou para o mal, para a salvação ou a danação.

Vladimir e Estragon se interrogam sobre Deus e a salvação de suas pobres almas. Não acreditam nem em Deus nem nas almas – mas por que então se interrogam? “Você acha que Deus está me vendo?” A pergunta é infantil, mas é a mesma que nos fazemos. A resposta parece mais ingênua: “Você tem que fechar os olhos”. Se não existisse, Beckett não estaria preocupado com a salvação: “Um dos ladrões foi salvo. É uma porcentagem razoável”. Apesar da brincadeira, ou por isso mesmo: quando não temos respostas, levamos na brincadeira. “E se a gente se arrependesse? De quê? De ter nascido”.Novamente a brincadeira, santa válvula de escape. Mas não se pode negar a preocupação com uma além-existência, a alma e Deus. Como “Existir dói, mas por que não se abotoar? Não se deve ser desatento com as pequenas coisas”. Como não temos respostas, dizemos que tudo é relativo. Como se fosse uma desculpa razoável: “Que tal se a gente se enforcasse? É um modo de se masturbar. A gente goza? Completamente. E onde cai, nascem mandrágoras. É por isso que elas gritam quando a gente as colhe”.

“Esperando Godot” é pleno de humor, mas o riso é proibido. “Você me faria rir, se não fosse proibido”. A vida é trágica. “Eu vou me acostumando ao esterco à medida que piso nele”. Sempre à espera de uma impossível resposta. À espera de Deus. Godot seria um pequeno Deus? E se Godot não vier? Vejam que não se discute essa hipótese. Godot vem. Estamos acostumados ao esterco, mas “o essencial não muda nunca”. Como Estragon e Vladimir, um dizendo para o outro: “Então, vamos?” E o outro respondendo, como se fosse inevitável: “Vamos”. E os dois não saem do lugar. A única ação é o pano que cai.